Homicídios na adolescência e questão social: análise sobre estado de exceção e violência letal contra adolescentes

Autores

  • Letícia Sampaio Pequeno

Resumo

Resumo

Residência em território de conflito, cor da pele e signos periféricos são fatores que posicionam os adolescentes como público vulnerável. Logo, geração, classe social, raça/etnia e territórios articulam desigualdades e violência letal. Considera-se crucial direcionar o olhar interventivo para a desnaturalização de desigualdades sociais e raciais historicamente construídas, reiteradas em práticas e discursos na sociedade brasileira. Compreende-se, dessa maneira, que os segmentos sociais vivenciam distintamente tais dinâmicas na sociedade capitalista; contudo, os mais atingidos são os adolescentes pobres e negros, moradores de territórios estigmatizados.  Sobre esses agentes também recaem expressões da questão social, com os processos de estigmatizações, de segregações socioterritoriais e étnico-raciais e de homicídios, capazes de reforçar desigualdades e discriminações. Metodologicamente, adotou-se a abordagem qualitativa, com uso de técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Conclui-se que são necessárias, urgentemente, práticas e instituições comprometidas com a promoção de novas políticas para a adolescência. Essas políticas devem valorizar a identidade e investir na potência dos adolescentes, para o incentivo de novas formas de convivência e de sobrevivência.

Palavras-chave: Questão Social. Estado de exceção. Homicídios na adolescência.

Abstract

Residence in conflict territory, skin color and outskirt signs are factors that position adolescents as a vulnerable public. Therefore, generation, social class, race / ethnicity and territories articulate inequalities and lethal violence. It is considered crucial to direct the interventionist look towards the denaturalization of social and racial inequalities historically constructed, reiterated in practices and discourses in Brazilian society. It is understood that the social segments experience these dynamics distinctly in capitalist society; thus, the most affected are poor and black adolescents, living in stigmatized territories. Expressions of the social question also fall on these agents, with the processes of stigmatization, socio-territorial and ethnic-racial segregations, and homicides, capable of reinforcing inequalities and discrimination. Methodologically, the qualitative approach was adopted, using bibliographic and documentary research techniques. It is concluded that practices and institutions committed to the promotion of new political perspectives for adolescence are urgently needed. These policies must value identity and invest in the power of adolescents, to encourage new forms of coexistence and survival.

Keywords: Social issue. State of exception.  Adolescent Homicides.

Resumen

Vivir en territorio en conflicto, el color de la piel y los signos periféricos son factores que hacen de los adolescentes población vulnerable. Así, generación, clase social, raza/etnia y territorios articulan desigualdades y violencia letal. Es crucial dirigir la mirada interventora para la desnaturalización de desigualdades sociales y raciales históricamente construidas, ratificadas en prácticas y discursos en la sociedad brasileña. De esa manera, se comprende que los diferentes segmentos sociales viven tales dinámicas de forma distinta en la sociedad capitalista; sin embargo, los más afectados son los adolescentes pobres y negros, residentes en territorios estigmatizados. Sobre ellos también recaen expresiones de la cuestión social, con los consecuentes procesos de estigmatización, de segregación territorial y étnico-racial y de homicidios, capaces de reforzar desigualdades y discriminaciones. Metodológicamente, se adoptó el enfoque cualitativo, con uso de técnicas de investigación bibliográfica y documental. Se concluye que son urgentes prácticas e instituciones comprometidas con la promoción de nuevas políticas para la adolescencia. Esas políticas deben valorizar la identidad y creer en el potencial de los adolescentes, para incentivar nuevas formas de convivencia y supervivencia.

Palabras-clave: Cuestión Social. Estado de excepción. Homicidios en la adolescencia.

Biografia do Autor

Letícia Sampaio Pequeno

Mestra em Serviço Social, Trabalho e Questão Social (UECE). Assistente Social do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Afrobrasilidade, Gênero e Família (NUAFRO/UECE).

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Publicado

2020-08-21

Como Citar

PEQUENO, L. S. Homicídios na adolescência e questão social: análise sobre estado de exceção e violência letal contra adolescentes. Humanidades em Perspectivas, [S. l.], v. 2, n. 4, 2020. Disponível em: https://revistasuninter.com/revista-humanidades/index.php/revista-humanidades/article/view/120. Acesso em: 19 abr. 2024.