O ser mulher e o ser homem no blog Testosterona

Autores

  • Talita Cenci de Moraes Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Frederico Westphalen
  • Gonzalo Prudkin Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Frederico Westphalen

DOI:

https://doi.org/10.21882/ruc.v4i7.624

Resumo

Cada cultura e época apropriam-se dos significados de sexo e gênero de forma diferente. Assim, as disparidades entre os gêneros não são naturais aos seus corpos sexuados, mas obedecem a padrões que foram construídos ao longo da história e cultura da sociedade. As características do gênero representam não somente o que se relaciona à sexualidade, mas tudo aquilo que concerne à socialização. Não é apenas função social da mulher ser feminina e servil, mas também do homem portar-se como um ser viril. Este artigo buscou analisar a vivência da masculinidade e a representação do feminino na cultura cibernética do Brasil, utilizando o blog Testosterona como referência, sob a perspectiva da semiótica e da análise do discurso. No blog, os homens são tidos como heterossexuais, dominadores, objetos de disputa entre as mulheres, as quais devem preocupar-se em satisfazer sexualmente seus parceiros.

DOI: http://dx.doi.org/10.21882/ruc.v4i7.624

Recebido: 25/04/2016

Publicado: 07/12/2016

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Talita Cenci de Moraes, Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Frederico Westphalen

Acadêmica do sétimo semestre de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo.

Gonzalo Prudkin, Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Frederico Westphalen

Professor Adjunto do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Campus Frederico Westphalen, RS, e orientador do presente artigo. Possui graduação em Comunicação Social com Menção em Jornalismo pela Facultad de Ciencias de la Educación de la Universidad Nacional de Entre Ríos (UNER), Paraná, Entre Ríos, Argentina. Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Facom - Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil. Se especializa nas áreas de jornalismo digital, cibercultura e preservação do patrimônio cultural.

Referências

AMORIM, Linamar Teixeira de. Gênero: uma construção do movimento feminista?. Universidade Estadual de Londrina, 2011.

BARTHES, Roland. Ensaios Críticos. Lisboa: Edições 70, 1964.

________________. O óbvio e o obtuso. Lisboa: Edições 70, 2009.

BERGER, John. Ways of Seeing. Londres: Penguin, 1972.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

BUTLER, Judith. Criticamente subversiva. In: JIMÉNEZ, Rafael M. Mérida. Sexualidades transgresoras. Una antología de estúdios queer. Barcelona: Icária editorial, 2002.

______________. Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. Londres: Routledge, 1990.

CARDOZO, Missila Loures. Twitter: microblog e rede social. Caderno.Com. São Caetano do Sul, v. 4, n. 9, 2º semestre de 2009.

CAREGNATO, Rita Catalina Aquino; MUTTI, Regina. Pesquisa qualitativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto Contexto Enferm, v. 15, n. 4, p. 679-84, 2006.

CEIA, Carlos. Conotação e Denotação. Mundo Vestibular. Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/articles/34/2/CONOTACAO-E-DENOTACAO/Paacutegina2.html>. Acesso em: 26 junho 2015.

GIFFIN, Karen. Violência de gênero, sexualidade e saúde. Cadernos de Saúde Pública, 1994.

GREIMAS, Algirdas Julius. Sobre o sentido: ensaios semióticos. Petrópolis: Vozes, 1975.

GRIGOROWITSCHS, Tamara. O conceito “socialização” caiu em desuso? Uma análise dos processos de socialização na infância com base em Georg Simmel e George H. Mead. Educ. Soc, Campinas, v. 29, n. 102, janeiro-abril, 2008.

HJELMSLEV, Louis Trolle. Prolegomena to a Theory of Language. Copenhagen: Munksgaard, 1953.

HOLMES, Mary. Sexed Bodies? In: Gender and Everyday life. New York, USA; Toronto, Canada: Routledge, 2009.

LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

MEAD, Margaret. Sex and Temperament in Three Primitive Societies. New York: Morrow, 1935.

MYERS, Kathy. Fashion 'n' Passion. Londres: Pandora, 1987.

PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.

REGO, Francisco Cleiton Vieira Silva do. O “Ser Macho” Em Testosterona.Blog.Br. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011.

RIBEIRO, Silvana Mota. Do outro lado do espelho: imagens e discursos de género nos anúncios das revistas femininas: uma abordagem socio-semiótica visual feminista. 683 f. Tese de doutoramento em Ciências da Comunicação – Universidade do Minho, Braga, 2011.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. S/d. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/generodh/gen_categoria.html>. Acesso em: 25 junho 2015.

TESTOSTERONA. O blog do macho moderno. Disponível em: < http://www.testosterona.blog.br/>. Acesso em: 13 agosto 2015.

TSEËLON, Efrat. The Masque of Femininity. Londres: Sage, 1995.

TORRÃO FILHO, Amilcar. Uma questão de gênero: onde o masculino e o feminino se cruzam. Cad. Pagu, v. 24, janeiro-junho de 2005.

WEEKS, Jeffrey. Invented moralities: sexual values in an age of uncertainty. Nova York: Columbia University Press, 1995.

Downloads

Publicado

05-12-2016

Como Citar

CENCI DE MORAES, T.; PRUDKIN, G. O ser mulher e o ser homem no blog Testosterona. Revista UNINTER de Comunicação, [S. l.], v. 4, n. 7, p. 94–105, 2016. DOI: 10.21882/ruc.v4i7.624. Disponível em: https://revistasuninter.com/revistacomunicacao/index.php/revista/article/view/624. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos