Rockstar e controvérsias sobre violência nos videogames

Autores

  • Marina Fontolan
  • Janaína Costa
  • Marko Monteiro
  • Léa Velho

DOI:

https://doi.org/10.21882/ruc.v8i15.842

Resumo

O objetivo deste artigo é mapear e analisar como controvérsias sobre a relação entre vídeo games e violência são construídas. Para tal, primeiro é feita uma discussão teórica sobre como imaginários e controvérsias sobre tecnologias se desenvolvem. Depois, por meio de notícias e fóruns de discussão sobre jogos, faz-se um levantamento sobre pessoas e instituições envolvidas em controvérsias criadas por dois jogos publicados pela empresa americana Rockstar. Os estudos de caso sobre Bully e GTA V indicam que, para além da empresa se utilizar desses artifícios para se manter no mercado, a construção da relação entre violência e vídeo games depende, primeiro, da forma como os assuntos são abordados no jogo e, segundo, de como esses assuntos – na época em que os jogos são lançados – são tratados dentro da sociedade.

DOI: 10.21882/ruc.v8i15.842

Recebido em: 23/09/2020

Aceito em: 24/11/2020

 

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Biografia do Autor

Marina Fontolan

Doutore em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestre em História Cultural, Bacharel e Licenciada em História pela UNICAMP.

Janaína Costa

Doutora em Doutorado em Science and Technology Policy Studies e professora de Política Científica e Tecnológica da Unicamp

Marko Monteiro

Doutor em Ciências Sociais e professor de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP

Léa Velho

Doutorado em Política Científica e Tecnológica e professora de Política Científica (UNICAMP)

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Jogos

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Grand Theft Auto V (GTA V - Rockstar, 2013)

L.A. Noire (Rockstar, 2011)

Metal Gear Solid V: Ground Zeroes (Konami, 2014)

Metal Gear Solid V: The Phantom Pain (Konami, 2015)

Red Dead Redemption (Rockstar, 2010)

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Publicado

23-12-2020

Como Citar

FONTOLAN, M.; COSTA, J.; MONTEIRO, M.; VELHO, L. Rockstar e controvérsias sobre violência nos videogames. Revista UNINTER de Comunicação, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 3–17, 2020. DOI: 10.21882/ruc.v8i15.842. Disponível em: https://revistasuninter.com/revistacomunicacao/index.php/revista/article/view/842. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos