Ingestão de lactose, caseína e glúten e o comportamento do portador de autismo
Abstract
O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento, também chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracterizado por alterações significativas na comunicação, na interação social e no comportamento da criança. Essas alterações levam a dificuldades adaptativas e aparecem antes dos três anos de idade, podendo ser percebidas já nos primeiros meses de vida. As causas são ainda pouco identificadas. Os objetivos são verificar a influência da ingestão de lactose, caseína e glúten pela criança portadora de autismo, na qualidade de vida; mostrar como amenizar os sintomas apresentados pelos portadores deste transtorno; contribuir para a melhoria do estado geral do paciente. Trata-se de uma revisão bibliográfica e foi desenvolvido através do levantamento bibliográfico por meio de leitura e pesquisa, de livros e artigos, nacionais e internacionais que abordam os temas relacionados a nutrição e autismo. Os critérios de inclusão foram artigos sobre doença celíaca, intolerância a lactose e autismo, do ano de 2002 à 2014. Os critérios de exclusão foram aqueles que não enfatizam sintomas gastrointestinais decorrentes da ingestão de lactose e glúten. A discussão apresenta crianças autistas com freqüência por sintomas gastrointestinais tais como: dor abdominal, diarreia crônica, flatulência, vômitos, regurgitação, perda de peso, intolerância aos alimentos, irritabilidade, disenteria entre outros. Devido tais ocorrências é recomendado evitar ingestão de glúten, presente no trigo, aveia, centeio e cevada, pois podem causar dano conseqüente das vilosidades da membrana intestinal resultante em má absorção de todos os nutrientes. Estes sintomas podem estar associados a doença celíaca, causada pela intolerância ao glúten. Há autores que afirmam o glúten e a caseína causam sensação de prazer, além de hiperatividade, falta de concentração, irritabilidade, dificuldade na interação da comunicação e sociabilidade. Indivíduos autistas, os quais aderiram a uma dieta isenta de caseína e glúten, apresentaram melhora dos sintomas. O autismo é uma condição complexa, a nutrição e os fatores ambientais desempenham papéis primordiais para melhoria da qualidade de vida do indivíduo. Conclui-se que a ingestão de lactose, caseína e o glúten tem grande interferência no comportamento do portador de autismo. Quando retirados da dieta, muitos sintomas são amenizados.
Palavras-chave: Transtorno autístico. Doença celíaca. Intolerância a lactose.