Avaliação Hepatotóxica Da Cafeína Em Relação Ao Paracetamol- Uma Revisão De Literatura
Resumo
A cafeína (CAF) é um alcaloide natural dos grãos de café e tem ação principalmente como inibidor no sistema nervoso central, sistema cardiovascular e na homeostase do cálcio, resultando na elevação da pressão sanguínea, aumento do metabolismo e na produção de suco gástrico. É absorvida pelo trato gastrointestinal e principalmente metabolizado pelo fígado. Seu metabólito, a paraxantina ou 1,7-dimetilxantina, é gerada pela atividade CYP1A2. Além da CYP2E1 e CYP1A1 que também atua nesta metabolização. O acetaminofeno/paracetamol (APAP) em aplicações terapêuticas, é uma droga eficaz e segura. No entanto, a sobredosagem aguda de APAP eleva o risco de hepatotoxicidade levando a necrose hepática e à morte. Os mecanismos moleculares da hepatotoxicidade induzida não são esclarecidos. A metabolização ocorre através de três mecanismos básicos: conjugação com ácido glicurônico, sulfatação e oxidação (metabólito tóxico). Logo que uma acumulação de Nacetyl-p-benzoquinone-imina (NAPQI), causadora das reações tóxicas. Para a realização da revisão de literatura, foram utilizados artigos contidos no “PubMed”. Praticada uma busca sistemática, de abril a junho de 2017, com os seguintes termos: “hepatotoxicity caffeine”. Foram encontrados, 47 artigos. Os artigos mais obsoletos tiveram resultados favoráveis a hepatotoxicidade, enquanto os artigos mais recentes demonstraram a CAF como auxiliadora na diminuição da toxicidade do paracetamol. Foram utilizados diferentes métodos em cada pesquisa.
Palavras-chave: Cafeína. Paracetamol. Hepatotoxicidade.