A filosofia como atitude crítica da produçao de si na educação tecnológica
DOI:
https://doi.org/10.22169/revint.v12i27.1293Resumo
O objetivo desse artigo é realizar um diagnóstico da educação tecnológica utilizando como ferramenta as noções de biopolítica e ontologia do presente desenvolvidos por Michel Foucault. A partir disso, problematizamos a educação tecnológica dos Institutos Federais analisando sua concepção de ensino baseada na noção de trabalho como princípio educativo. Constata-se que a educação tecnológica não tem pensado a vida para além da formação profissional ou, melhor, tem se preocupado apenas com a parte da vida que é determinada pela sua condição cotidiana da utilidade e do trabalho. Por fim, desenvolve-se o conceito de atitude crítica para pensar uma prática filosófica que dá forma à impaciência da liberdade e permite a resistência aos saberes de sujeição próprios da tecnicidade biopolítica.
Palavras-chave: Biopolítica; Ontologia de nós mesmos; Filosofia; Educação tecnológica.
ABSTRACT
The objective of this article is to make a diagnosis of technological education by using, as a tool, the current notions of biopolitics and ontology developed by Michel Foucault. Thus, the authors problematized the technological education of the Institutos Federais analyzing their conception of education based on the notion of work as an educational principle. It is clear technological education has not thought about life beyond vocational training or, rather, has been concerned only with the part of life that is determined by its daily use and work. Finally, the concept of critical attitude is developed to consider a philosophical practice that gives form to the impatience of freedom and allows the resistance to servitude knowledge inherent to biopolitical technicity.
Keywords: Biopolitics; Oneself Ontology; Philosophy; Technological education.
RÉSUMÉ
L'objectif de cet article est de faire un diagnostic de l'éducation technologique en utilisant comme outil les notions de biopolitique et d'ontologie du présent développé par Michel Foucault. De ce fait, nous problématisons l'éducation technologique des Institutos Federais en analysant leur conception de l'éducation fondée sur la notion de travail en tant que principe pédagogique. On peut voir que l'éducation technologique n'a pas pensé à la vie au-delà de la formation professionnelle, mais plutôt qu'elle ne concerne que la partie de la vie qui est déterminée par sa condition quotidienne d'utilité et de travail. Enfin, le concept d'attitude critique est développé pour penser une pratique philosophique qui donne forme à l'impatience de la liberté et permet la résistance à la connaissance de l'assujettissement propre à la technicité biopolitique.
Mots-clés: Biopolitique; L'ontologie de nous-mêmes; Philosophie; L'éducation technologique.
DOI: http://dx.doi.org/10.22169/revint.v12i27.1293
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