A selfie dos refugiados sírios como narrativa autobiográfica
DOI:
https://doi.org/10.21882/ruc.v6i11.764Resumo
O presente artigo busca a análise da selfie como um meio para que o sujeito, sobrevivente de uma guerra civil, fale de si. Abre uma perspectiva para que esta prática seja pensada como um gesto participante do contexto sociopolítico dos sujeitos que a utilizam como o início do processo de diálogo com os sujeitos que não pertencem ao mesmo contexto. Esses sujeitos não pertencentes ao mesmo contexto não experimentaram o fato narrado e são chamados de espectadores. A relação entre eles se estabelece pela narrativa testemunhal e autobiográfica do sujeito que vive e experiencia o fato narrado. Portanto, o sujeito que fala de si é indissociável do acontecimento. Pensar na aproximação daqueles que viveram uma narrativa historicamente brutal (a guerra civil na Síria) com aqueles que não a viveram é unir dois mundos distintos, através da relação de ponte, com o intuito de que sejam compartilhados por meio da construção de um diálogo.
DOI: 10.21882/ruc.v6i11.764
Recebido em: 17/09/2018
Aceito em: 18/11/2018
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