Sustentabilidade aplicada: reaproveitamento da casca de coco (Cocos nucifera) na produção de mudas de plantas epífitas

Autores

  • Carlos Humberto Biagolini Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" UNESP Campus Sorocaba.

DOI:

https://doi.org/10.22292/mas.v13i6.724

Resumo

Cocos nucifera (L), é um fruto membro da família Arecaceae, conhecido popularmente como Coco da Bahia, é uma das frutas mais consumidas em nosso país, tanto na forma in natura, como também industrializado, através da produção de doces, produtos de limpeza, leite, gorduras e outros derivados. De origem asiática, foi introduzido no Brasil no início da colonização através do litoral nordestino e logo se tornou um dos principais produtos da agricultura do nordeste brasileiro. Estima-se que o consumo de água-de-coco, apenas no Brasil, chegue a mais de 60 milhões de Litros/ano. Com o consumo em alta é natural que a produção de resíduos também aumente. O objetivo desta pesquisa foi o de testar o uso da casca do coco - verde como recipiente para plantio de 6 espécies de plantas epífitas, e posteriormente transferindo para árvores sem necessidade de retirada da casca do coco. Após 7 meses do plantio, as mudas foram introduzidas em árvores presentes em área rural da cidade de São Roque, (SP) e realizado acompanhamento por 90 dias sem que se tenha feito regas neste período. Os resultados observados foram satisfatórios com boa adaptabilidade das plantas ao local, possibilitando a preservação de bromélias, orquídeas e demais plantas importantes para a nossa flora e por consequência para nossa fauna; tanto em áreas de preservação como também em áreas verdes urbanas, permitindo ainda a decomposição natural, lenta e gradual das cascas de coco utilizadas no plantio das mudas.

Palavras-chave: Resíduos Sólidos, Decomposição, Reaproveitamento.

ABSTRACT

Cocos nucifera (L), a fruit of the Arecaceae family, popularly known as “Coco da Bahia”, is one of the most consumed fruits in Brazil, both raw and processed, through the production of sweets, cleaning products, milk, fats and other derivatives. Of Asian origin, it was introduced in Brazil at the beginning of colonization through the Northeastern coast and soon became one of the main agricultural products of the Brazilian Northeast. It is estimated that the consumption of coconut water, in Brazil alone, reaches more than 60 million liters / year. With consumption on the rise, it is natural that the production of waste also increases. The objective of this study was to test the use of the coconut as container for planting six species of epiphytic plants, and later transferring to trees without the need to remove coconut husks. After 7 months of planting, the seedlings were introduced to trees in the rural area of ​​the city of São Roque, São Paulo State, Brazil, and followed up for 90 days without irrigation during this period. The observed results were satisfactory with good adaptability of the plants to the place, allowing the preservation of bromeliads, orchids and other important plants for the Brazilian flora and consequently for its fauna. It was also satisfactory in preservation areas as well as in urban green areas allowing the natural, slow and gradual decomposition of the coconut used in the seedlings planting.

Keywords: Solid Waste, Decomposition, Reuse

https://doi.org/10.22292/mas.v13i6.724

 

Biografia do Autor

Carlos Humberto Biagolini, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" UNESP Campus Sorocaba.

Biólogo, Mestre em Análise Geoambiental, Doutorando em Ciências Ambientais e professor da rede pública do estado de São Paulo.

PPGCA (Programa de pós-graduação em ciências ambientais) Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Unesp Campus Sorocaba.

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Publicado

2017-12-21

Como Citar

BIAGOLINI, C. H. Sustentabilidade aplicada: reaproveitamento da casca de coco (Cocos nucifera) na produção de mudas de plantas epífitas. Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, [S. l.], v. 13, n. 6, 2017. DOI: 10.22292/mas.v13i6.724. Disponível em: https://revistasuninter.com/revistameioambiente/index.php/meioAmbiente/article/view/724. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo