Perfil Clínico E Epidemiológico Da Tuberculose Em Alagoas De 2008 A 2017
Resumo
A tuberculose representa um problema de saúde pública global, sendo considerada uma das doenças transmissíveis mais mortais do mundo. Estima-se que cerca de um terço da população mundial esteja infectada. O objetivo deste estudo foi traçar o perfil clínico e epidemiológico da tuberculose no estado de Alagoas durante o período de 2008 a 2017. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo dos dados clínicos e epidemiológicos dos indivíduos com a doença no estado de Alagoas, utilizando informações secundárias coletadas através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. Foram observados 13.052 casos, sendo a maioria do sexo masculino (63,17%). O estrato etário mais acometido foi entre 20 e 39 anos de idade (43,34%). O maior percentual também foi para a cor/raça parda (65,76%), para a zona urbana (80,63%), para indivíduos residentes em Maceió (46,57%), e a maioria dos casos não era institucionalizada (60,12%). A principal forma clínica foi a pulmonar (86,18%), a maioria apresentou sorologia negativa para o Vírus da Imunodeficiência Humana (43,84%), mas grande parte dos portadores da doença não realizou o teste para a detecção desse vírus (36,80%). O maior percentual de indivíduos apresentou a cura da doença como desfecho (62,85%), porém também foi importante a quantidade de pessoas que abandonaram o tratamento, favorecendo o desenvolvimento de resistência bacteriana e contribuindo para a transmissão da doença. Dessa forma, é importante a adoção de estratégias para a redução do número de casos e de medidas assistenciais de acompanhamento desses pacientes.
Palavras-chave: Tuberculose. Epidemiologia. Saúde Pública.