Qual a themata do Secretário Executivo explorada pelo cinema à luz das Representações Sociais
DOI:
https://doi.org/10.22169/revint.v4i7.149Abstract
O presente trabalho apresenta como objeto de estudo a forma com que os estereótipos do Secretário Executivo, trazidos pelo senso comum ao longo das décadas, perpetuam-se até os dias de hoje. Sabe-se que, de um modo geral, o Secretário Executivo é visto apenas por uma minoria da sociedade como um profissional empreendedor, multifuncional e considerado uma peça-chave dentro das organizações. O próprio histórico interfere nessa questão social, se levar em conta a época da inclusão da mulher no mercado de trabalho, no período pós-Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje. A pesquisa foi realizada por meio de pesquisa exploratória, qualitativa e quantitativa, partindo de análises de filmes nacionais e internacionais que trouxessem, em seu contexto, o profissional de Secretariado retratado de diversas formas. Dentre essas, por vezes estereotipada, por vezes valorizada, mas sempre propiciando análise significativa, e fundamentada a partir da Teoria das Representações Sociais, de Moscovici. As Representações Sociais têm conteúdo específico, diferindo de uma sociedade para outra, e de uma profissão para outra; ou seja, de acordo com as vivências de cada indivíduo, em seu meio de diferentes culturas e costumes, o qual tende a revelar-se socialmente de determinada forma, o que poderá ser igual ou diferente do grupo que ele representa. Pretende-se evidenciar como as obras cinematográficas, dentro de seus contextos e representações concebidas sobre a realidade, enfocam por vezes no atual perfil inovador, e de outras, distorce a realidade causando a reiterada depreciação da imagem desse profissional (o que se configura em themata dessas representações). Sabe-se que o poder do cinema em transformar realidades é bastante convincente, logo, a concentração nessa transformação/distorção do perfil do Secretário Executivo traz a visão de como os “temas” ou “thematas” socialmente representados perduram, e ainda induzem toda uma sociedade, inclusive o próprio profissional, a pré-conceberem o universo em que habitam.
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