A relação estágio vs trabalho no contexto da formação profissional
Resumo
RESUMO
O estudo a seguir pretende começar uma reflexão sobre o conceito de estágio supervisionado e sua identidade no mundo acadêmico e no do trabalho. Visto cada vez mais como uma oportunidade de trabalho, o estágio supervisionado vem se constituindo em um espaço de interesse para o capital, o que torna precárias as relações e direitos trabalhistas e fragiliza a relação trabalhador-empregador. O texto é produto de pesquisa documental e estudo bibliográfico, que discute a categoria trabalho no contexto da educação, reafirmando o estágio supervisionado como tempo e espaço de aprendizado. É preciso refletir sobre as novas formas e conceitos de emprego relacionado ao trabalho, transformando estas duas categorias em uma só condição de vida produtiva e econômica para o sujeito. A oferta de empregos é uma realidade enfrentada cotidianamente por homens e mulheres. A flexibilização das relações de trabalho coloca a condição do estagiário em um quadro interessante para obter-se alta produtividade, sem vínculo e obrigações de trabalho. A renovação da “mão-de-obra” garante agilidade nos processos de produção e o estagiário é descartado findo o contrato de estágio. É preciso discutir as condições pelas quais vêm se construindo os contratos de estágio, seja na modalidade obrigatória, quanto na não-obrigatória e a flexibilização dos projetos pedagógicos do curso. É necessário revisar esse ciclo de interesses econômicos e olhar os desdobramentos e os impactos da valorização do estágio como trabalho, em detrimento do processo de aprendizado que dele deve advir.
Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Trabalho. Serviço Social.
ABSTRACT
The following study intends to begin a reflection on the concept of supervised internship and its identity in the academic and work worlds. Increasingly seen as a job opportunity, the supervised internship is becoming an area of interest for capital, which makes labor relations and rights precarious and makes worker-employer relations vulnerable. This text is the product of a document research and a bibliographical study, discussing the category ‘work’ in the context of education, reaffirming the supervised internship as a time and space for learning. It is necessary to reflect on the new forms and concepts of employment related to work, transforming these two categories into one productive and economic life condition for the individual. The job market is a reality faced daily by men and women. The flexibilization of labor relations puts the trainee's condition in an interesting framework to achieve high productivity, without employment bond and work obligations. The renewal of “manpower” ensures agility in production processes and the intern is discarded when the internship contract ends. It is necessary to discuss the conditions under which the internship contracts are established, both in the compulsory and non-compulsory modalities and the flexibility of the pedagogical projects. It is necessary to revise this cycle of economic interests and to look at the developments and impacts of valuing the internship as work, to the detriment of the learning process that must come from it.
Keywords: Supervised Internship. Work. Social Work
RESUMEN
El estudio a seguir pretende comenzar una reflexión sobre el concepto de pasantías supervisadas y su identidad en el mundo académico y en el del trabajo. Percibidas cada vez más como una oportunidad laboral, las pasantías supervisadas se han estado constituyendo en un espacio que le interesa al capital, lo que debilita las relaciones y derechos laborales y vulnera la relación trabajador-empleador. El texto es producto de investigación documental y estudio bibliográfico, el cual discute la categoría trabajo en el contexto de la educación, reafirmándose las pasantías supervisadas como tiempo y espacio de aprendizaje. Se hace necesario reflexionar sobre las nuevas formas y conceptos de empleo referidos al trabajo, y transformar esas dos categorías en una sola condición de vida productiva y económica para el sujeto. La búsqueda de empleo es una realidad enfrentada todos los días por hombres y mujeres. La flexibilización de las relaciones laborales hace que la condición de pasante se ubique en un marco interesante para obtenerse alta productividad, sin vínculos y obligaciones laborales. La renovación de la “mano de obra” garantiza agilidad en los procesos de producción y el pasante es descartado una vez terminado el contrato de pasantías. Es necesario discutir las condiciones por las cuales se están constituyendo los contratos de pasantías, tanto en su modalidad obligatoria como en la no-obligatoria, y la flexibilización de los proyectos pedagógicos del curso. Hay que revisar ese ciclo de intereses económicos y mirar la extensión y el impacto de la valoración de las pasantías como trabajo, en detrimento del proceso de aprendizaje que allí se debe producir.
Palabras-clave: Pasantías supervisadas. Trabajo. Trabajo Social.