Ensinar autistas: o que dizem as pesquisas na perspectiva da teoria histórico-cultural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22169/revint.v19.224tl4013

Palavras-chave:

Aluno autista; Processo de ensino-aprendizagem; Formação docente; Educação especial.

Resumo

Tendo em vista os desafios escolares enfrentados para atender a demanda do autismo, o presente estudo teve por objetivo analisar as pesquisas voltadas à formação dos professores desses alunos. A presente pesquisa utilizou como bases de dados a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, os Periódicos CAPES e a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Foram captadas 22 pesquisas cujos resultados foram organizados em três categorias: processo de ensino-aprendizagem, formação docente e atividade-guia. Para avançar no ensino do aluno com autismo, constatou-se a importância das mediações, a necessidade de sistematização das práticas pedagógicas e as adaptações curriculares. Os estudos foram unânimes em afirmar a importância da formação docente, inicial e continuada, e, por fim, as atividades-guia se mostraram como uma alternativa norteadora para a prática pedagógica.

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Biografia do Autor

Karen Andréa Comparin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestre em Letras, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Maria Lidia Sica Szymanski, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Pós-doutora em Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educação, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

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Publicado

2024-07-16

Como Citar

COMPARIN, K. A.; SICA SZYMANSKI, M. L. Ensinar autistas: o que dizem as pesquisas na perspectiva da teoria histórico-cultural. REVISTA INTERSABERES, [S. l.], p. 224tl4013, 2024. DOI: 10.22169/revint.v19.224tl4013. Disponível em: https://revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/2677. Acesso em: 31 ago. 2024.

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