Alfabetização: limites e possibilidades em convergência no século XXI

Autores

  • Karina Andrade Universidade Estadual do Centro Oeste
  • Poliana Fabíula Cardozo Universidade Estadual do Centro Oeste

DOI:

https://doi.org/10.22169/revint.v16i38.2046

Resumo

RESUMO

Diante dos desafios educacionais contemporâneos, e a partir de análises desenvolvidas em uma pesquisa de pós-graduação stricto sensu em Educação, este trabalho visa refletir, de forma teórico-metodológica, como a alfabetização é configurada no século XXI. Para tal, utiliza-se a perspectiva histórico-estrutural dialética, com base na obra de Triviños (1987).  A partir das correlações ciberculturais da atual conjuntura espaço-temporal, somadas às instabilidades educacionais decorrentes da pandemia global, o estudo discute como novas linguagens e realidades de aprendizagem estão sendo abarcadas na  alfabetização da geração alpha, por meio das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Através deste processo, ocorre uma convergência entre abordagens metodológicas, tanto nas políticas públicas educacionais, voltadas à alfabetização, quanto nas políticas voltadas às tecnologias.

Palavras-chave:  TDIC. Geração alpha. Cibercultura. Multiletramentos. Metodologias ativas.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karina Andrade, Universidade Estadual do Centro Oeste

Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação pela Universidade Estadual do Centro-Oeste. Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste. Bolsista dos programas PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), PET (Programa de Ensino Tutorial) e do Programa de Bolsa Ibero-Americanas Graduação Santander Universidades, com acolhimento na Universidade de Coimbra-Portugal. Voluntária no programa de Iniciação Científica - CNPQ (Dinâmica Territorial do Sistema de Saúde no município de Guarapuava) no Grupo de Pesquisa Território, Cultura e Ensino, da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Especialização na área de Educação e Sociedade e Educação Ambiental pela Universidade São Luiz - Jaboticabal, São Paulo. Pesquisa na área de Educação e Tecnologias, Cibercultura, Alfabetização e Multiletramentos. Professora do Ensino Fundamental I e II na Rede Municipal de Ensino do município de Guarapuava, Paraná, Brasil.

Poliana Fabíula Cardozo, Universidade Estadual do Centro Oeste

Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Paraná. Mestre em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul. Graduada em Turismo pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Atualmente é professora adjunto da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Professora do curso de graduação em Turismo e membro permanente do corpo docente do PPG em Educação. Tem experiência na área de patrimônio cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: turismo, imigração, educação e interpretação do patrimônio e preservação da cultura. Também atua com temas ligados à imigração e diáspora moderna bem como formação de imagem de destinos turísticos e educação patrimonial. Líder do Grupo de Pesquisa Grupo de Análise e Planejamento Geocultural e Turístico, desde 2005.

Referências

Baranauskas, M.C.C. Martins, M.C. Valente, J.A. Prefácio em Codesign de Redes Digitais: Tecnologia e Educação a serviço da inclusão social. Porto Alegre: Penso, 2013.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

_______. MEC. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica/CONSED/UNDIME, 2018.

_______. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

_______. MEC. INEP. Censo Escolar da Educação Básica 2016. Notas estatísticas. Brasília: INEP, 2017. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/censo_escolar/notas_estatisticas/2017/notas_estatisticas_censo_escolar_da_educacao_basica_2016.pdf Acesso em: 28 ago. 2020.

_______. MEC. PNA: Política Nacional de Alfa¬betização. Brasília: MEC, SEALF, 2019.

_______. MEC. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. Guia do Formador. Modulo I e II. Brasília: MEC, SEF, 2001.

BROWN, T.; WYAAT, J. Design thinking for social innovation. Stanford: Stanford Social Innovation Review, v. 8, n. 1. 2010. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/3aca/3b6fad54ad77d73b4bb60812a03cff66dfd9.pdf Acesso em: 25 ago. 2020.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CSIKSZENTMIHALY, M. Flow: the psychology of optimal experience. NewYork: Harper & Row, 1990.

DERRIDA, J. O Monolinguísmo do outro ou a prótese de origem. BERNARDO, F (Trad). Porto: Campo das Letras, 2001.

DISESSA, A. A. Changing minds: Computers, learning, and literacy. Cambridge: First MIT Press Paperback Edition, 2001.

FERREIRA JR. A. História da Educação brasileira: da colônia ao século XX. São Carlos: Editora UFSCAR, 2015.

FERREIRO, E. TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

FRADE, I. C. A. S. Métodos e didáticas de alfabetização: história, características e modos de fazer de professores. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.

FREIRE, P. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora / Autores associados, 1989.

ILLICH, I. Sociedade sem escolas. 7 ed. Petrópolis, Vozes, 1985.

LÉVY, P. A inteligência colectiva: para uma antropologia do ciberespaço. Porto: Instituto Piaget, 1994.

_______. Cibercultura. 2 ed. São Paulo: Loyola, 1999.

LOPES, J. R. Caderno do Educador: Alfabetização e Letramento 1. Brasília: MEC, SEC, Alfabetização e Diversidade, 2010.

MARCUSCHI, L. A. XAVIER, A. C. (Orgs.) Hipertexto e gêneros digitais, novas formas de construção de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

MIKROYANNIDIS, A. A semantic framework for cloud learning environments. In: Chao, Lee ed. Cloud Computing for Teaching and Learning: Strategies for Design and Implementation. Hershey: IGI Global, 2019. pp. 17–31. Disponível em: http://oro.open.ac.uk/33220/4/chao_book_Mikroyannidis_chap.pdf Acesso em: 01 set. 2020.

MORAN, J.M. BACICH, L. Aprender e ensinar com foco na Educação híbrida. Revista Pátio. N. 25. p. 45-47. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2015/07/hibrida.pdf Acesso em: 29 ago. 2020.

MORATTI, M. R. L. (org). Alfabetização do Brasil: Uma história de sua história. Marília: Cultura Acadêmica, 2011.

________. Brasil 2091: “Notas sobre a política nacional de alfabetização”. Guarulhos: Revista Olhares, v.7. n. 3, 2019.

MOREIRA, A. R. M. Considerações sobre o método global de alfabetização. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Educação. Distrito Federal: Universidade de Brasília, 2013. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/7373/1/2013_AndressaRejaneMendesMoreira.pdf Acesso em: 20 mai. 2019.

NASCIMENTO, J. K. F. Informática aplicada à educação. Brasília: Universidade de Brasília, 2013.

OLIVEIRA, G. S. Geração alpha entre a realidade e o virtual: o sujeito digital. Trabalho de conclusão de curso. Departamento de Psicologia. Unijuí: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2019. Disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/5811/Genori%20da%20Silva%20Oliveira.pdf?sequence=1 Acesso em: 20 fev. 2019.

PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Editora Unesco, 1973.

PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants – part 1. On the horizon- NCB. University press. v.9. n.5. p.1-6, 2001.

ROJO, R. Alfabetismo(s), letramento(s), multiletramento(s): Desafios contemporâneos à Educação de Adultos. In: COSTA, R. P.; CALHAU, S. (Org.) E uma educação pro povo, tem? Rio de Janeiro: Caetés, 2010.

________. Entre plataformas, ODAS e Protótipos: Novos Multiletramentos em tempos de WEB2. The Especialist. v. 38. n. 1, 2017. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/esp/article/view/32219/23261 Acesso em 14 set. 2020.

SACCOL, A. Z., SCHLEMMER, E., BARBOSA, J. HAHN, R. M-learning e U-learning: novas perspectivas da aprendizagem móvel e ubíqua. São Paulo: Pearson Education, 2010.

SANTOS, M. A natureza do espaço: Técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

________. Réflexions sur le rôle de la géographie dans la période technico scientifique. N.32. Monreal: Cahier de Géographie du Québec, 1988.

SOARES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. 26ª Reunião Anual da ANPEd. Poços de Caldas, 2004.Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf Acesso em 22 set. 2019.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1987.

THOMAN, E. JOLLS, T. Literacy for the 21st Century. An Overview & Orientation-GuideTo Media Literacy Education. Center for Media Literacy, 2003. Disponível em: http://www.medialit.org/sites/default/files/01_MLKorientation.pdf Acesso em: 21 ago. 2020.

UNESCO. Padrões de competências em TIC para professores: módulos de padrão de competências. Brasília: Unesco, 2009.

VAN LEEUWEN, T. Multimodality. In: SIMPSON, J. The Routledge handbook of applied linguistics. New York: Routledge, 2011.

WING, J. M. Computational thinking. Communications of the ACM, n. 49. v.3, 33- 35. 2006. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2696102/ Acesso em: 28 ago. 2020.

YAHYA, S. AHMAD, E. A. JALIL, K. A. The definition and characteristics of ubiquitous learning: A discussion. v.6. Kingston: IJEDICT. 2010, pp. 117-127. Disponível em: https://www.learntechlib.org/p/188069/ Acesso em: 10 set. 2020.

Downloads

Publicado

2021-07-25

Como Citar

ANDRADE, K.; CARDOZO, P. F. Alfabetização: limites e possibilidades em convergência no século XXI. REVISTA INTERSABERES, [S. l.], v. 16, n. 38, p. 624–647, 2021. DOI: 10.22169/revint.v16i38.2046. Disponível em: https://revistasuninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/2046. Acesso em: 4 dez. 2024.