As táticas da periferia para os desafios da mobilidade urbana: trabalho de campo na cibercultura
DOI:
https://doi.org/10.22169/revint.v15i34.1728Resumen
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre como o uso dos dispositivos culturais da cibercultura pode contribuir para uma experiência formadora durante o trabalho de campo. Entendemos o trabalho de campo como prática pedagógica pertinente a uma formação integradora a partir dos autores Pereira e Souza (2007), Callai e Zarth (1988) e Xavier e Fernandes (2008). Conversamos com Josso (2004) sobre a pesquisa-formação como método possível para sua constituição. Discutimos as dificuldades de mobilidade da periferia com os autores Bonduki e Rolnik (1979), Fonseca e Souza e Ribeiro Filho (2017) e Maricato (2000). Pensando junto com Certeau (1994), entendemos a periferia como potencialidade tática, o que converge com Negri e Hardt Santos (2005) e seu conceito de Devir Periférico. Com isso, enfrentamos as dificuldades para elaborar o trabalho de campo em periferias e consideramos as táticas criadas com a cibercultura como potentes recursos para subverter esses obstáculos. Para isso assumimos o conceito de cibercultura com Lévy (1998) e as repercussões possíveis para o trabalho de campo segundo as autoras Santos, R. (2015) e Santos E. (2005). Assim, entendemos que a contextualização necessária ao trabalho de campo pode ser intensificada a partir das narrativas que emergem dele e que podem ser construídas com os usos do smartphone, enquanto dispositivo da cibercultura. Esse uso do celular faz dele um dispositivo para construção das táticas e aumenta as possibilidades de planejamento e elaboração do trabalho de campo, além de tornar a pesquisa implicada e de se movimentar para os espaços dentrofora das redes.
Palavras-chave: Cibercultura. Pesquisa-formação; Ciberpesquisa-Formação, Periferia; Táticas.
ABSTRACT
This article aims to reflect on how the use of cyberculture cultural devices can contribute to a formative experience during the fieldwork. We understand the fieldwork as a pedagogical practice pertinent to an integrative formation from the authors Pereira and Souza (2007), CallaI and Zarth (1988) and Xavier and Fernandes (2008). We talked with Josso (2004) bringing the research-formation as a possible method for its constitution. We discuss peripheral mobility difficulties with authors Bonduki and Rolnik (1979), Fonseca and Souza and Ribeiro Filho (2017) and Maricato (2000). Thinking together with Certeau (1994) we discuss the periphery as tactical potentiality, which converges with Negri and Hardt Santos (2005) and their concept of Devir Periférico (Becoming Peripheral). With this, we face the difficulties brought to elaborate the fieldwork in peripheries and we consider the tactics created with cyberculture as potent to subvert these difficulties. For this we bring the concept of cyberculture with (Lévy, 1998) and the possible repercussions for the fieldwork bringing the authors Santos, R. (2015) and Santos E. (2005). Thus, we understand that the necessary contextualization for fieldwork can be intensified from the narratives that emerge from it and that can be built from the use of the smartphone, as a cyberculture device. This use of the cell phone makes it a device for the construction of tactics and it increases possibilities of planning and elaboration of the fieldwork, besides making the research involved and able to move to the spaces within the networks.
Key-words: Cyberculture; Fieldwork; Cyber research-Training; Periphery; Tactics.
RESUMEN
Este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre cómo el uso de dispositivos culturales de la cibercultura puede contribuir para una experiencia formativa durante el trabajo de campo. Entendemos el trabajo de campo como una práctica pedagógica pertinente para una formación integradora, a partir de los autores Pereira y Souza (2007), Callai y Zarth (1988) y Xavier y Fernandes (2008). Hablamos con Josso (2004) acerca de la investigación-formación como un posible método para su constitución. Discutimos las dificultades de movilidad de la periferia con los autores Bonduki y Rolnik (1979), Fonseca y Souza y Ribeiro Filho (2017) y Maricato (2000). Pensando junto a Certeau (1994), entendemos la periferia como potencialidad táctica, lo que converge con Negri y Hardt Santos (2005) y su concepto de Devir Periférico. Con eso, enfrentamos las dificultades para elaborar el trabajo de campo en periferias y consideramos las tácticas creadas con la cibercultura como potente recurso para subvertir esos obstáculos. Para esto asumimos el concepto de cibercultura con Lévy (1998) y las posibles repercusiones para el trabajo de campo de acuerdo con los autores Santos, R. (2015) y Santos E. (2005). Por lo tanto, entendemos que la contextualización necesaria para el trabajo de campo se puede intensificar a partir de las narrativas que surgen de él y que se puede construir con el uso del teléfono inteligente, como un dispositivo de la cibercultura. Este uso del teléfono celular lo convierte en un dispositivo para la construcción de tácticas y aumenta las posibilidades de planificación y elaboración del trabajo de campo, además de hacer de la investigación un trabajo comprometido y de permitir el traslado a los espacios adentro-afuera de las redes.
Palabras-clave: Cibercultura; Trabajo de campo; Ciberinvestigación-Formación; Periferia; Tácticas.
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