Percursos históricos e metodológicos da pesquisa-ação na formação docente da educação básica
DOI:
https://doi.org/10.22169/revint.v17i40.2271Resumo
Este artigo, de caráter qualitativo, teve como objetivo compreender o percurso histórico e metodológico da pesquisa-ação, no campo da formação de professores da Educação Básica no Brasil. Para tanto, a pesquisa foi organizada em duas etapas. Na primeira, buscou-se contextualizar historicamente como se deu a inserção da pesquisa-ação no campo da formação de professores no Brasil. Na segunda, foram analisados os resumos de 151 teses e dissertações disponíveis no banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, publicadas no período de 2000 a 2020. Nesta etapa, foram gerados dados a respeito dos seguintes descritores: ano de publicação, termos usados para pesquisa-ação e objetivos gerais. Os dados foram analisados a partir das contribuições teóricas de Thiollent (2009), Toledo e Jacobi (2013), Tripp (2005), Saul (2010), Larocca, Rosso, De Sousa (2005) e André (2001). A análise indica um processo de ascendência ao longo das cinco décadas de inserção da pesquisa-ação na formação de professores, sendo forte a influência de Paulo Freire na primeira etapa, que corresponde ao período de 1971 a 2002. Nas últimas duas décadas, relativas ao período de 2000 a 2020, identificou-se uma diversificação nos termos usados para pesquisa-ação no campo da formação de professores. Com relação aos objetivos apresentados, especialmente na última década (2011 a 2020), observa-se uma dispersão com relação à intencionalidade das pesquisas e ao caminho metodológico, uma vez que muitos objetivos não indicam uma situação problema, nem sinalizam intenção de intervenção no campo de pesquisa, coerentemente com os pressupostos teóricos da pesquisa-ação.
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