Ser professor de filosofia: conceituações de recepção filosófica
DOI:
https://doi.org/10.22169/revint.v16i37.1955Resumo
Resumo
Este artigo enfoca as concepções acerca do entendimento de ser professor de Filosofia no Ensino Médio em relação à cultura de desvalorização dessa disciplina, tal como se descortina no cenário contemporâneo. Ao utilizar os conceitos fundamentais de recepção filosófica que trabalha a questão da relação entre a Filosofia e o cotidiano, esta pesquisa teve como objetivo identificar as concepções sobre o que é ser professor para um grupo de 208 professores de Filosofia da rede pública de ensino do estado do Paraná, Brasil. A pesquisa, de natureza qualitativa, conta com dados organizados e interpretados mediante procedimentos metodológicos da análise de conteúdo que tornaram possível a identificação de duas categorias centrais sobre o ser professor de Filosofia: uma relacionada ao compromisso político-social na docência; e outra, à identidade docente, ambas relativas à prática e ao ensino de Filosofia. Essa constatação revela alguns aspectos para compreender a identidade docente bem como a própria identidade da Filosofia.
Palavras-chave: Recepção filosófica. Ensino de filosofia. Formação de professores de filosofia
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